Guerra na Ucrânia: Macron e Zelensky reafirmam “a importância do combate à corrupção”

Esta semana, Volodymyr Zelensky causou alvoroço com uma lei que efetivamente eliminou a independência de dois órgãos anticorrupção, colocando-os sob a autoridade direta do procurador-geral, subordinado ao executivo ucraniano. Zelensky rapidamente sancionou o projeto de lei após sua aprovação pelo parlamento na terça-feira, mas voltou atrás dois dias depois.
"Compartilhamos a convicção de que o que também distingue a Ucrânia da Rússia hoje é que ela permanece, apesar da guerra, uma democracia vibrante — e que pretende continuar a progredir em seu caminho europeu. Nesse contexto, reafirmamos a importância do combate à corrupção, levado a cabo por instituições independentes e plenamente eficazes", declarou Emmanuel Macron no domingo, no X.
Caminho Europeu"Reiterei o apoio da França: continuaremos a aumentar a ajuda à Ucrânia e a aumentar a pressão sobre a Rússia. A Rússia deve finalmente concordar com um cessar-fogo que abra caminho para discussões sobre uma paz sólida e duradoura, com a participação dos europeus", escreveu ele.
Por sua vez, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen — que exigiu "explicações" de Volodymyr Zelensky após a promulgação da lei contestada — disse no domingo no X que a Ucrânia deve "preservar órgãos independentes de combate à corrupção, que são os pilares do Estado de Direito".
Kiev "pode contar com o nosso apoio para avançar no seu caminho europeu", acrescentou. Segundo grupos da sociedade civil ucraniana, o texto aprovado pelo Parlamento surge em meio à crescente pressão governamental sobre os agentes anticorrupção num país fortemente afetado por este flagelo.
SudOuest